quarta-feira, outubro 17, 2007

Combater a pobreza

Em 2006 o Prémio Nobel da Paz foi atribuído ao economista Muhammad Yunus, do Bangladesh, e ao seu banco Grameen, pelo esforços na criação de desenvolvimento económico e social através de projectos de microcrédito.
Este Homem teve uma visão verdadeiramente inteligente da forma de combater a pobreza. Ajudou a criar pequenas empresa, curiosamente, ou não, na maioria dos casos, geridas por mulheres, que lhes permitiram sobreviver.
Subsídios podem ser muito úteis, temporariamente, mas o objectivo deve ser sempre o de levar os pobres a auto subsistirem.
A política dos subsídios criou, em muitas cabeças, a ideia de que não é necessário o esforço e que a pobreza é um estado natural , do qual não há possibilidade de fuga.
O conhecido provérbio chinês que fala de não dar um peixe, mas ensinar a pescar, é absolutamente perfeito.
Mais do que "obrigar" muitos dos subsidiados a frequentar cursos e escola, deve-se procurar dar-lhes motivação para a auto subsistência.
A ideia de que somos um país de coitadinhos persegue-nos há demasiados anos. É necessária com urgência uma mudança de mentalidades, que toque não só os carenciados, mas os que lhes atribuem os subsídios.
Não quero que fique aqui a ideia que sou completamente contra os subsídios, mas penso que talvez os portugueses fossem mais lutadores, menos acomodados, se a vida não estivesse tão facilitada para alguns.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Al Gore



Não me lembro de ter postado duas vezes no mesmo dia, mas a notícia merece.

Al Gore ganhou, em parceria, o Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho de alerta acerca do aquecimento global, tornado mais visível através do filme "Uma verdade inconveniente".

A verdade é mesmo inconveniente, sobretudo para o seu ex colega de campanha para a Casa Branca, George W. Bush.

Bush derrota Al Gore, invade o Iraque e anos mais tarde Al Gore ganha o Prémio Nobel da Paz, pelo seu trabalho em defesa do ambiente. Um trabalho limpinho.

Suponho que hoje não deve ter sido um dos dias mais felizes para o presidente dos EUA.

Sempre simpatizei com Al Gore, desde os seus tempos de vice-presidente.

Fala-se na sua volta à política. Daqui não vou apoiá-lo, pois os combates por aqui são outros e neste momento meio confusos, mas desejo que ele se mantenha activo e continue a alertar o mundo para o mal que está a fazer ao planeta.

Filhos de uma deusa menor



Está a ser hoje inaugurada a igreja da Santíssima Trindade, em Fátima.

Ao longo da tarde, tenho espreitado um pouco da cerimónia que está a decorrer.

O primeiro pensamento que me ocorreu ao ver aquela massa humana e a emoção que a envolve, foi o erro que estão a cometer.

O erro não está na crença, mas no objecto da crença.

A igreja, que se pretende seja uma basílica parece ser, pelas imagens que vi, de uma grandiosidade e riqueza incomparáveis, pelo menos no nosso país.

Esta igreja, apesar de se chamar da Santíssima Trindade, em referência a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, será utilizada para o culto mariano. Ora, aí está o tal facto que eu lamentei ao ver todas aquelas pessoas ali presentes e quantas mais que gostariam de estar.

Porquê cultuar Maria, porquê fazer-lhe preces, fazer-lhe promessas, se temos um Deus grande, esse sim poderoso?

Maria foi sem dúvida uma peça importantíssima no Cristianismo, mas este não é , de modo algum o seu lugar.

O único que deve ser adorado é Deus.

Elevar Maria ao lugar de Deus, com poderes que só a Deus são devidos, segundo a Bíblia, é uma ideia inconcebível para mim.

Entristece-me que o povo endeuse alguém, que não teve nunca esse propósito e deixe de lado a Deus.

Entristece-me mais ainda ver que os líderes, com mais conhecimentos, conduzam o povo nesse sentido, que muitos reconhecem ser errado, mas o qual não conseguem deixar, em nome de muitas coisas que eu não compreendo.

Este não é pois um dia de alegria, mas sim um dia de tristeza pelo erros cometidos por cristãos, que continuam a relegar Cristo para um lugar secundário.

O que teria acontecido a Portugal se não houvesse Fátiama?