terça-feira, dezembro 25, 2007

Hei! Ainda não chegou 2008. É Natal


Andam todos distraídos.

Festejar o Natal está mesmo a passar de moda e então, começa a festejar-se a passagem de ano agora mesmo.

Já recebi uns SMS a desejar Feliz 2008 e ontem mesmo, ao serão, a televisão já passava publicidade alusiva à passagem de ano.

A velocidade a que passámos do Menino Jesus para o Pai Natal e agora para o "nada" é estonteante.

Quero o Natal de volta!

Quero voltar a ouvir as músicas tradicionais, a ver os filmes habituais.

Para mim o Natal faz todo o sentido. É a vinda do Filho de Deus ao mundo.

Quando hoje ouvi falar no verdadeiro significado do Natal, ocorreu-me que não há outro.

Qual festa da família, qual época de amor e paz e... O Natal é só isso mesmo. A comemoração do nascimento de Jesus.

No entanto, parece que Ele está definitivamente fora de moda e então foge-se do Natal

Por mim, quero desejar a quem leia este blog, um Feliz Natal.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Combater a pobreza

Em 2006 o Prémio Nobel da Paz foi atribuído ao economista Muhammad Yunus, do Bangladesh, e ao seu banco Grameen, pelo esforços na criação de desenvolvimento económico e social através de projectos de microcrédito.
Este Homem teve uma visão verdadeiramente inteligente da forma de combater a pobreza. Ajudou a criar pequenas empresa, curiosamente, ou não, na maioria dos casos, geridas por mulheres, que lhes permitiram sobreviver.
Subsídios podem ser muito úteis, temporariamente, mas o objectivo deve ser sempre o de levar os pobres a auto subsistirem.
A política dos subsídios criou, em muitas cabeças, a ideia de que não é necessário o esforço e que a pobreza é um estado natural , do qual não há possibilidade de fuga.
O conhecido provérbio chinês que fala de não dar um peixe, mas ensinar a pescar, é absolutamente perfeito.
Mais do que "obrigar" muitos dos subsidiados a frequentar cursos e escola, deve-se procurar dar-lhes motivação para a auto subsistência.
A ideia de que somos um país de coitadinhos persegue-nos há demasiados anos. É necessária com urgência uma mudança de mentalidades, que toque não só os carenciados, mas os que lhes atribuem os subsídios.
Não quero que fique aqui a ideia que sou completamente contra os subsídios, mas penso que talvez os portugueses fossem mais lutadores, menos acomodados, se a vida não estivesse tão facilitada para alguns.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Al Gore



Não me lembro de ter postado duas vezes no mesmo dia, mas a notícia merece.

Al Gore ganhou, em parceria, o Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho de alerta acerca do aquecimento global, tornado mais visível através do filme "Uma verdade inconveniente".

A verdade é mesmo inconveniente, sobretudo para o seu ex colega de campanha para a Casa Branca, George W. Bush.

Bush derrota Al Gore, invade o Iraque e anos mais tarde Al Gore ganha o Prémio Nobel da Paz, pelo seu trabalho em defesa do ambiente. Um trabalho limpinho.

Suponho que hoje não deve ter sido um dos dias mais felizes para o presidente dos EUA.

Sempre simpatizei com Al Gore, desde os seus tempos de vice-presidente.

Fala-se na sua volta à política. Daqui não vou apoiá-lo, pois os combates por aqui são outros e neste momento meio confusos, mas desejo que ele se mantenha activo e continue a alertar o mundo para o mal que está a fazer ao planeta.

Filhos de uma deusa menor



Está a ser hoje inaugurada a igreja da Santíssima Trindade, em Fátima.

Ao longo da tarde, tenho espreitado um pouco da cerimónia que está a decorrer.

O primeiro pensamento que me ocorreu ao ver aquela massa humana e a emoção que a envolve, foi o erro que estão a cometer.

O erro não está na crença, mas no objecto da crença.

A igreja, que se pretende seja uma basílica parece ser, pelas imagens que vi, de uma grandiosidade e riqueza incomparáveis, pelo menos no nosso país.

Esta igreja, apesar de se chamar da Santíssima Trindade, em referência a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, será utilizada para o culto mariano. Ora, aí está o tal facto que eu lamentei ao ver todas aquelas pessoas ali presentes e quantas mais que gostariam de estar.

Porquê cultuar Maria, porquê fazer-lhe preces, fazer-lhe promessas, se temos um Deus grande, esse sim poderoso?

Maria foi sem dúvida uma peça importantíssima no Cristianismo, mas este não é , de modo algum o seu lugar.

O único que deve ser adorado é Deus.

Elevar Maria ao lugar de Deus, com poderes que só a Deus são devidos, segundo a Bíblia, é uma ideia inconcebível para mim.

Entristece-me que o povo endeuse alguém, que não teve nunca esse propósito e deixe de lado a Deus.

Entristece-me mais ainda ver que os líderes, com mais conhecimentos, conduzam o povo nesse sentido, que muitos reconhecem ser errado, mas o qual não conseguem deixar, em nome de muitas coisas que eu não compreendo.

Este não é pois um dia de alegria, mas sim um dia de tristeza pelo erros cometidos por cristãos, que continuam a relegar Cristo para um lugar secundário.

O que teria acontecido a Portugal se não houvesse Fátiama?

quarta-feira, setembro 26, 2007

Assistência espiritual nos hospitais


O facto de pertencer a uma minoria religiosa nunca me afectou, não fora o facto de saber da existência de algumas, muitas descriminações.

Os sacerdotes da religião dominante podem entrar nos hospitais a qualquer hora, fora do horário das visitas, enquanto que aos ministros de culto de outras confissões é vedado o acesso e só se contarem com a boa vontade da administração podem entrar fora do horário das visitas.

Ora, um doente que esteja no pleno uso das suas faculdades mentais e professe uma qualquer confissão religiosa, sente necessidade de apoio espiritual e está provado que pode até ser uma boa ajuda no processo de cura, trazendo paz e serenidade, em momentos de aflição, sofrimento e desespero.

Até aqui já era difícil, agora vai ser ainda pior.

Está em projecto uma nova resolução em que só será permitido apoio espiritual ao doente se este o solicitar por escrito, inclusive aos doentes católicos.

Bem, não sei se incluindo, se excluindo todos os outros. Veremos essa parte.

Ridículo, para não chamar pior, a essa ideia.

Separação entre o Estado e a Igreja, concordo, mas que me proíbam de ter assistência religiosa se eu não poder assinar a autorizar, tenham lá paciência, é demais.

Confesso que não esperava grande coisa deste governo, antes pelo contrário, esperava muita idiotice, muita coisa absurda, mas vão conseguindo superar as minhas piores espectativas.

Um Estado laico, seguramente onde Deus não entra e não é tido em conta.

Liberdade religiosa é uma miragem e temo que qualquer dia não sejam mesmo respeitadas opções religiosas e que quem as tem tenha sérios problemas.

Aqui Deus não entra!

Agora já não me fazem lembrar o fascismo, mas o comunismo no seu melhor.

Espero que se um dia precisar, o Pastor da minha igreja possa ir visitar-me a qualquer hora e possa levar-me o conforto decerto tão necessário em horas difíceis.

quarta-feira, setembro 19, 2007

O que é que eu posso fazer por Portugal?

Portugal precisa de portugueses como o presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe e o sr. José Louro de Amiais de Cima.
Finalmente dedico um pouco do meu tempo e do meu espaço para prestar a justa homenagem a estes dois homens, que de forma diferente, mas para o mesmo fim, resolveram fazer algo muito útil pelo futuro do país.
Em Sernancelhe, o presidente da Câmara resolveu dar o exemplo no derrube de uma escola sem condições e meteu mãos à obra na construção de um escola com condições para as crianças do seu concelho. Desafiou as hierarquias instaladas no domínio da educação e fez o que tinha de ser feito.
Em Amiais de Cima, o empresário de móveis, sr. Louro, resolveu construir uma escola para os filhos dos empregados. Belo exemplo. Uma aposta no futuro, na educação.
Eu penso que Portugal precisa mesmo de homens assim e só assim conseguiremos alguma coisa.
Se ficarmos sentados à espera que o Estado faça o que lhe compete, podemos esperar por muito tempo e desesperar. Mas, se aqueles que têm condições e meios para o fazer, aplicarem dinheiro e energias na reconstrução deste país, então talvez tenhamos hipótese de algum progresso.
Defendo cada vez mais a intervenção da sociedade civil em campos que têm sido apenas da responsabilidade do estado. Não como uma imposição, mas voluntariamente, com alegria, com vontade de ver obra feita.
Lembro-me da frase de Kennedy: "Não perguntem o que é que o vosso país pode fazer por vocês, mas sim o que é que vocês podem fazer pelo vosso país".
Vamos arregaçar as mangas?

quinta-feira, setembro 06, 2007

Mário Soares na Comissão de Liberdade Religiosa?

Estupefacção foi o que senti quando me disseram que Mário Soares tinha tomado posse como presidente da Comissão de Liberdade Religiosa.
É certo que o governo nos manda trabalhar cada vez até mais tarde, mas não será exagero?
É que o senhor tem 82 anos.
Depois é a estranheza da situação. Ele é agnóstico. Aqui paro e vou verificar concretamente o que isto é, não me baseando apenas no que me disseram.
Já verifiquei na wikipédia e é interessante. Passo a transcrever uma parte.
"O agnóstico, à primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência, logo, constituindo um labirinto sem saída a questão da existência de Deus, não se deve colocar sequer como problema, já que nenhuma necessidade prática nos impele a embrenharmo-nos em tal tarefa estéril.

Isto porque o que determina a crença é a fé, e a fé não é baseada em racionalizações. Então simplesmente não há como provar racionalmente se Deus existe ou não."

Quetiono-me sobre qual será o papel deste senhor na referida comissão. Ele diz que é neutral. No passado não foi lá muito, mesmo no que à religião diz respeito.

E no que me diz respeito, como fazendo parte de uma minoria religiosa, gostava de ver algumas das leis já aprovadas postas em prática.

Espero, mas confesso que não muito, porque não confiei nunca neste senhor e nem o facto de ele ser octagenário me faz mudar de ideias, que ele realmente zele pela liberdade religiosa.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Amigos que é tão bom rever



Em tempo de férias , por vezes, há amigos que voltam.

Foi o caso do João Nuno e da família que vieram do distante Japão, para mais uma visita à família e amigos.

Conheço o João há muitos anos, desde que ele era uma miúdo irreverente e divertido.

Trocou o sonho de ser um arquitecto de renome pelo de ser pastor e missionário.

Pelo casamento com uma brasileira de origem nipónica, acabou por ir viver para o Japão, onde já está há 10 anos, trabalhando secularmente e como pastor evangélico.

É engraçado, mas devido às novas tecnologias não sinto que ele esteja assim tão longe, pois comunicamos algumas vezes através da net, a preços módicos, durante largos períodos.

Tenho sabido do estilo de vida no Japão e tenho aprendido umas coisas com o João Nuno.

Foi muito bom revê-lo, bem assim como a esposa e as filhotas.

Para recordar, ficou a foto.

sábado, agosto 18, 2007

Milho verde, milho verde...


Confesso, confesso que lá no fundo, bem no fundo, quando ouvi a notícia sobre os ambientalistas que destruiram a plantação de milho transgénico, fiquei feliz.
É que eu não concordo com os organismos genéticamente modificados. Ainda não sabemos o perigo que representam para a saúde.
Mas, por outro lado, não posso concordar com a forma de protesto. Perderam toda a razão os ambientalistas da organização "Verde Eufémia" (de onde lhes virá o nome?) no modo como actuaram.
Provavelmente, o agricultor em causa, quer apenas ter uma forma de sustento da sua família.
Melhor fora que procurassem esclarecê-lo acerca dos potenciais perigos dos alimentos geneticamente modiificados.
Assim, conseguiram suscitar ódios (violência gera violência) e talvez a curiosidade de alguns para aquele tipo de milho, pois poderão alguns menos informados pensar, que motivos terá alguém para destruir um campo de milho. Será mais rentável aquela espécie?
Por mim, vou tentar manter-me informada e informar sempre que me seja possível sobre estes alimentos, sem cair na asneira de reagir violentamente contra aquilo de que discordo, perdendo desde logo a razão.

domingo, agosto 12, 2007

As louras


Num dia em que estou particularmente mal humorada, apetece-me brincar com uma situação intrigante.
Porque é que quase todas as mulheres querem ser louras?
Tenho pensado nisto, porque vou observando que algumas das minhas conhecidas, amigas, colegas, etc, estão a ficar cada vez mais louras.
Cuidado, eu disse louras, não disse burras.
Confesso que não entendo este desejo, este objectivo, esta perseguição de um ideal, como se de um ideal se tratasse, ser loura.
Há sempre o título daquele filme - "Os homens preferem as louras", coisa que não sei se é verdade, porque, que me lembre, nunca perguntei a nenhum se isto era mesmo assim.
Uma falsa loura que conheço desistiu de o ser e o marido terá comentado que ser loura sai caro.
Pessoalmente não tenho nada contra as louras. A minha mãe foi loura e tenho na minha família materna muitas louras.
Em tempos alguém me perguntou se eu me considerava loura, para me poder contar uma anedota de louras, sem me ofender.
Não sou loura e espero não vir a ser, ou seja, espero não ser atacada por essa perseguição de ideal e um dia chegar à minha cabeleireira e dizer:
- Hoje quero ficar loura!
Bem, espero não arranjar inimigas com esta minha prosa.
Afinal eu só quero perceber por que é que as mulheres querem ser louras.
Quanto à imagem que inseri, não levem a mal. É muito divertida.
Beijinhos às minhas amigas e conhecidas louras.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Mesmo em tempo de férias...


Deixo uma foto de uma praia de que gosto muito, Nazaré.
Em tempo de férias uma frase que retirei de um livro que ando a ler. Chama-se "Filhos brilhantes, alunos fascinantes", é de Augusto Cury e diz assim:
"Os professores não são valorizados socialmente como merecem, não surgem nos noticiários que passam na televisão, vivem no anonimato da sala de aula, mas são os únicos que têm o poder de causar uma revolução social.Com uma das mãos eles escrevem no quadro, com a outra, movem o mundo, pois trabalham com a maior riqueza da sociedade: a juventude. Cada aluno é um diamante que, bem lapidado, brilhará para sempre
."

As considerações a esta frase deixo para depois.
Agora prefiro ouvir os "Il Divo" a cantar "All by myself"

terça-feira, julho 31, 2007

segunda-feira, julho 30, 2007

Fim-de-semana fantástico


Régua

Já há muito tempo que queria fazer esta viagem e agora foi.


Cruzeiro no Douro, da Régua a Barca de Alva.


Vou deixar aqui algumas fotos, só para aguçar o apetite.


Depois quero deixar mais algumas.


segunda-feira, julho 23, 2007

Assim, sim!

No Sábado passado começou um fogo relativamente perto de onde vivo.
Desde que moro aqui, já é a terceira vez que aquela zona tem fogo, não sei porquê.
Estava muito vento e como era apenas mato, propagou-se rapidamente e estiveram envolvidos bombeiros de Alcobaça, Juncal e Nazaré.
Com as mudanças repentinas do vento estava a ficar muito próximo do posto de combustível. Então, surgiram no ar dois aviões e prontamente e com mestria ajudaram a apagar o fogo, deixando apenas o trabalho de rescaldo para os bombeiros.
Assim, sim! Em meia hora o fogo foi debelado, devido à intervenção atempada dos aviões.
Às vezes levamos muito tempo a aprender, mas talvez agora as autoridades no assunto já tenho compreendido que é mais eficaz usar os aviões quando o fogo ainda é pequeno do que quando a situação está fora de controlo.

domingo, julho 15, 2007

E se ela tivesse abortado?

Entra hoje em vigor a lei que permite o aborto até às 10 semanas, porque sim.
Gravidez indesejada, inconveniente de momento, são algumas das inúmeras razões que uma mulher pode apresentar para não querer avançar com uma gravidez e por isso, solicitar o aborto.
Facto curioso é que já antes da lei entrar em vigor, alguns hospitais públicos estavam a aplicá-la.
Admiro o excesso de zelo neste caso e lamento, que em tantos casos em que depende a vida de alguém, não haja tanta presteza em dar solução aos problemas.
Também me deixou confusa o facto da Maternidade Alfredo da Costa estar a praticar aborto, ou, como muitos lhe querem chamar, porque talvez seja mais bonito e não magoe tanto, interrupção voluntária da gravidez. Um local que tem servido para tantas vidas verem a luz do dia, serve também para matar vidas. Sim, porque para mim, um ser em desenvovimento, seja embrião ou feto, é uma vida.
Entristece-me sobremaneira o empenho que está a ser posto na aplicação desta lei, como se fosse um caso premente no país.
Já me ocorreu que, se o objectivo é não deixar nascer mais crianças, talvez fosse mais eficaz e económico esterlizar todas as mulheres.
Chocante? Talvez menos do que permitir que haja formação de um novo ser e depois matá-lo.
De qualquer forma eu não concordo com nenhum destes métodos. Estava apenas a ser irónica.
Há vinte e poucos anos tinha uma vizinha, adolescente, que engravidou e procurou esconder até quese ao fim do tempo ese facto. Andou apertada, enfim, fez tudo para disfarçar, mas, não sei porquê, não abortou.
Conheço o filho, que foi criado pela avó materna e sempre me pareceu um rapaz ajuizado, mas há algum tempo atrás encontrei a mãe e ela disse-me que ele estava na universidade a estudar medicina. Vieram-me as lágrimas aos olhos.
Ele podia ter sido abortado. Que desperdício seria. Um rapaz bonito, inteligente, que tem dado alegrias à mãe, à avó e não sei se também ao pai.
Que país este, que está a envelhecer de ano para ano e prefere matar o futuro a investir nele.
Assim não! Nunca vamos sair do fundo do poço.

domingo, julho 08, 2007

Maravilha de Portugal

A imagem que apresento é a de um Mosteiro mais rodeado de verde, da qual tenho saudades, mas, adiante, o que interesa mesmo é que a mobilização deu os seus resultados.
O Mosteiro de Alcobaça foi eleito como uma das 7 maravilhas de Portugal.
Bonito também foi o fogo de artifício antes da 1 da manhã, mas esse, quase ninguém o viu, porque de inesperado, apanhou muitos a dormir.
Mais uma vez, o orgulho de ser de Alcobaça esteve presente.
Agora espero que mais iniciativas o divulguem permitam aproveitar as suas potencialidades.

sábado, julho 07, 2007

Live Earth

Porque o planeta Terra é a nossa casa e devemos fazer tudo para a manter habitável, junto a minha voz à dos milhões que hoje lembram a necessidade de mudar atitudes para que a vida na Terra continue a ser possível. Não esperemos que sejam os políticos a fazer tudo. Comecemos nós, nas nossas casas, a mudar comportamentos e a olhar para os recursos que temos à nosa disposição, como esgotáveis.

Amemos o planeta!

De volta

Após uma longa ausência, resolvi voltar.
A escrita faz-me falta.
Faz-me falta dizer o que penso, desabafar.
Nos tempos que correm não sei se deva, de todo, pensar. Nem sei se será prudente dizer o que penso, mas não sei ser de outro modo, sobretudo quando as palavras se transformam em letras.
Pensei criar outro blogue e deixar este para trás, mas o que esteve na génese deste continua a ser válido.
Por isso, fiz umas reformas, e decidi continuar por aqui mesmo.
No entanto, algumas coisas vão mudar.
No passado eu quis compartimentar algumas partes de mim e separar alguns assuntos, que não trouxe para o blogue. Agora pretendo ser eu, completa, com os meus ideais políticos, com a minha fé, com a minha profissão.
O agre e o doce continuarão a estar presentes. Desejo que seja mais o doce, mas as circunstâncias ditarão.
Aos que por aqui passarem, peço que comentem.

domingo, janeiro 07, 2007

10 RAZÕES POR QUE SOMOS CONTRA O ABORTO
1. O ABORTO É CONTRA A VIDA
A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma que “todo o indivíduo tem direito à vida” (artigo 3.º). Também a Constituição da República Portuguesa declara que “a vida humana é inviolável” (artigo 24.º).
De acordo com a ciência, a vida humana tem início com a fecundação, resultante da união de um espermatozóide masculino com um óvulo feminino. Cada uma das células sexuais transporta metade da informação genética do progenitor, de modo que a célula resultante da fertilização, denominada ovo ou zigoto, recebe toda a informação genética necessária para orientar o desenvolvimento do novo ser humano.
O aborto provocado, independentemente do momento em que é realizado, acarreta sempre a destruição de uma vida humana, a quem é negada a continuação do seu desenvolvimento, impedindo-se o seu nascimento e a expressão do seu potencial como criança e adulto.
Assim, qualquer referendo ou decreto-lei que legitime a morte de um ser humano indefeso, designadamente a despenalização do aborto, sem qualquer indicação médica que o justifique, é um atentado claro contra a vida humana, e viola a própria constituição portuguesa e os direitos fundamentais do ser humano, expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

2. O ABORTO É CONTRA A MULHER
Sejam quais forem os motivos que a originam, alguns permitidos por lei, qualquer interrupção da gravidez é uma agressão para a saúde física, mental e emocional da mulher. Sabe-se actualmente que qualquer mulher que aborta voluntariamente, mesmo nas melhores condições de assistência médica, tem um risco acrescido de lesões do aparelho genital, infertilidade, abortamentos espontâneos posteriores, prematuridade em gravidezes ulteriores, entre outros. Mais difíceis de quantificar, mas não menos importantes, são as consequências ao nível da saúde mental, nomeadamente depressão, sentimentos de culpa, sentimentos de perda, abuso de substâncias tóxicas e mesmo suicídio. O Colégio da Especialidade de Psiquiatria do Reino Unido (Royal College of Psychiatrists) chamou a atenção, já em 1992, para uma das consequências da liberalização do aborto nesse país: “Ainda que a maioria dos abortos seja realizada com base no risco para a saúde mental da mulher, não há justificação de natureza psiquiátrica para o aborto. [Pelo contrário], coloca as mulheres em risco de sofrerem perturbações psiquiátricas, sem resolver qualquer problema dessa natureza já existente”.
Por outro lado, a despenalização total do aborto, ainda que nas dez primeiras semanas de gravidez, em vez de valorizar a vontade da mãe da criança pode expô-la a pressões por parte de familiares, do pai da criança, da entidade patronal ou mesmo de profissionais de saúde (p.e. por um alegado risco de malformações no feto, que muitas vezes não se verifica), no sentido de interromper a gravidez, mesmo contra a sua vontade. Quanto mais permissiva for a lei, maior é a probabilidade destas situações ocorrerem.

3. O ABORTO É CONTRA O HOMEM
O aborto não pode reduzir-se a um acto que apenas envolve a mulher que o pratica. Há pelo menos mais dois elementos fundamentais em todo o processo: o pai da criança e obviamente o nascituro.
Ao valorizar-se a vontade da mulher de prosseguir ou não com a gravidez, remete-se para segundo plano ou ignora-se por completo a vontade do homem, co-responsável pela concepção e paternidade. Desse modo, desvaloriza-se a sua participação no processo procriativo. Ainda que muitas vezes o elemento masculino do casal não assuma a sua responsabilidade na família, através da despenalização e promoção do aborto livre, descartam-se completamente os deveres do pai da criança.
Sabe-se também, actualmente, que os homens podem sofrer de depressão pós-aborto, especialmente quando tal acto é realizado sem o seu conhecimento e autorização.

4. O ABORTO É CONTRA A CRIANÇA
Já no célebre Juramento Hipocrático (IV a. C.), ao qual os médicos têm procurado obedecer ao longo dos séculos, é expressamente referido: “não fornecerei às mulheres meios de impedir a concepção ou o desenvolvimento da criança”. Condenamos assim, veementemente, a tese de que “as mulheres têm direito ao seu corpo”, na medida em que esse suposto direito colide com princípios que consideramos absolutos, como o direito à vida do nascituro, que apresenta identidade genética própria, distinta dos progenitores.
Nos países que despenalizaram o aborto, os seres humanos correm maior risco de terem uma morte violenta nos primeiros nove meses da sua existência do que em qualquer outro período da sua vida. O útero materno, que deveria ser o lugar supremo de protecção da vida humana tornou-se assim tragicamente, nas últimas décadas, num dos locais mais perigosos. Além disso, sabe-se que muitas crianças, quando descobrem que a sua mãe fez um aborto, numa outra gravidez, desenvolvem perturbações mentais que podem requerer apoio psicológico ou psiquiátrico.

5. O ABORTO É CONTRA A FAMÍLIA
Os filhos são uma parte integrante e significativa de cada família, considerada um dos pilares fundamentais das sociedades civilizadas. A ênfase dada à autonomia da mulher sobre a sua gravidez prejudica o relacionamento conjugal e familiar. Aliás, sabe-se que mais de 80% dos abortos provocados resultam de relações sexuais extra-conjugais.
Sabe-se também que uma percentagem significativa de gravidezes não planeadas e mesmo não desejadas, se não forem interrompidas, levam invariavelmente ao nascimento de crianças que acabam por ser extremamente apreciadas e amadas pelos seus pais.
Por outro lado, ao impedir-se o nascimento de crianças através do aborto está-se a contribuir para o grave problema demográfico resultante da diminuição acentuada da taxa de natalidade, em muitos países ocidentais. O mesmo se verifica actualmente em Portugal, o que acarretará consequências nefastas a nível económico e social.

6. O ABORTO É CONTRA A CONSCIÊNCIA
É um facto incontestável que ao longo da história da humanidade, por influência do cristianismo, o aborto era considerado um crime, passível de punição. Contudo, nas últimas décadas, tem-se assistido a uma tendência no sentido da desvalorização da vida humana.
A nível individual, é indiscutível a sensação de culpa que a realização de um aborto acarreta, tanto à mulher que a ele recorre como à pessoa que o pratica. Tal facto deve-se à consciência que cada ser humano possui, e que o ajuda na tomada de decisões morais. Como afirma um provérbio francês, “não há travesseiro mais macio do que uma consciência limpa”.

7. O ABORTO É CONTRA A DIGNIDADE HUMANA
A tradição moral judaico-cristã sempre se preocupou com a defesa dos mais fracos e vulneráveis, como é o caso das crianças, dos órfãos, dos idosos e das viúvas. O aborto nunca é uma solução dignificante, nem para quem o pratica, nem para a mulher que a ele se submete, e muito menos para a criança inocente.
Concordamos com o relatório-parecer sobre a experimentação no embrião, do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (1996) que afirma que “a vida humana merece respeito, qualquer que seja o seu estádio ou fase, devido à sua dignidade essencial”.
É também um facto indiscutível que o número de abortos aumentou, por vezes exponencialmente, em todos os países que despenalizaram a sua prática.

8. O ABORTO É CONTRA O DIREITO À DIFERENÇA
Em muitos países ocidentais, a liberalização do abortamento provocado tem impedido o nascimento de crianças com anomalias cromossómicas, das quais a trissomia 21 (síndrome de Down) é a mais frequente, bem como com malformações congénitas perfeitamente compatíveis com a vida, e muitas delas com correcção cirúrgica pós-natal, como é o caso do lábio leporino ou do pé boto. Situações mais graves e complexas, como certas malformações cardíacas, podem também ser tratadas cirurgicamente, por vezes mesmo antes do nascimento.
O abortamento destas crianças contribui para uma desvalorização e discriminação de pessoas com deficiências sensorias, motoras e/ou cognitivas, que vivem vidas adaptadas e felizes, apesar das limitações.

9. O ABORTO É CONTRA A ÉTICA
O aborto, o infanticídio, o suicídio e mesmo a eutanásia eram relativamente comuns e socialmente aceites no mundo antigo greco-romano. O abortamento provocado ocasionava, geralmente, a morte da mãe. No século IV a.C. Hipócrates de Cós, com o seu Juramento, impõe uma ruptura com a cultura da morte que prevalecia nessa época. Mais tarde, após a humanização do Direito, por influência do Cristianismo, o aborto passou a ser considerado um crime no mundo ocidental. Deste modo, a norma ética, ao longo dos séculos, tem sido a defesa da vida humana desde a concepção. O aborto induzido é, assim, contra a ética, pois colide com o princípio fundamental da inviolabilidade da vida humana.
Nos raríssimos casos-limite em que a continuação da gravidez põe em risco a vida da mãe, o aborto poderá ser a única forma de salvar a sua vida, o que a actual lei já prevê.

10. O ABORTO É CONTRA DEUS
Para além de todas as razões atrás mencionadas, consideramos que o aborto é uma clara violação da vontade de Deus, revelada nas Escrituras Sagradas. O quinto mandamento declara precisamente: “não matarás” (Êxodo 20:13).
Encontramos na Bíblia a revelação inequívoca de que Deus valoriza a vida humana desde a concepção e que está envolvido no processo procriativo, como p.e. no texto seguinte, da autoria do rei David (Salmo 139: 13-16):
”Foste tu que formaste todo o meu ser; formaste-me no ventre de minha mãe (...) Conheces intimamente o meu ser. Quando os meus ossos estavam a ser formados, sem que ninguém o pudesse ver; quando eu me desenvolvia em segredo, nada disso te escapava. Tu viste-me antes de eu estar formado. Tudo isso estava escrito no teu livro; tinhas assinalado todos os dias da minha vida, antes de qualquer deles existir”.
Dr. Jorge Cruz - Médico
Editado pela Aliança Evangélica Portuguesa em parceria com a Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde