terça-feira, janeiro 31, 2006

"The Constant Gardner"


Ontem fui ver "O Fiel Jardineiro" (The Constant Gardner). Confesso que foi precisa alguma coragem para sair de casa numa noite tão fria, mas valeu a pena.
O filme não é de fácil consumo, é daqueles que nos deixa a pensar. Apresenta-nos o problema dos africanos serem usados como cobaias para o teste de novos medicamentos e, mais uma vez, destaca o poder das empresas farmacêuticas e os seus meios, nem sempre muito ortodoxos, para atingirem os fins.
Veio-me à memória o que aconteceu em Portugal há uns anos, em moldes diferentes, mas que também punha em causa o poder destas empresas.
Bom, mas voltemos ao filme, foi bom ver de novo o actor que interpretou "O paciente inglês". Tipicamente britânico.
Se não viram, aproveitem e procurem ver. Além do que já referi, há uma história de amor que permeia todo o filme e que é a razão de ser de toda a acção.

sábado, janeiro 28, 2006

O choque do "choque tecnológico"

Ainda não recuperei do choque. Agora no meu local de trabalho temos uns cartões com a nossa fotografia, desfocada, que servem para comprar comida no bufete, comprar senhas de almoço e, aí está o meu choque, dar entrada e saída da escola.
O argumento para a utilização do cartão como "picar de ponto" é que em caso de catástrofe é possível saber quantas almas estão no local.
Que eu saiba os computadores ainda não têm caixa negra e por isso, será muito improvável que no caso de grande catástrofe, eles sobrevivam para contar a história.
Um outro caso de choque é quando o sistema falha. Voltamos ao papel e lápis e aí recuamos no tempo muitos anos atrás. Nínguém paga, porque não se usa dinheiro nas transações, mas sempre e só o cartão. Regista-se a identidade e o que se adquiriu e mais tarde há-de ser descontado no saldo do cartão. O grande problema é procurar na grande lista de papel o nome do dono do cartão. Muito tempo e paciência gastos.
Mas, o maior de todos os choques foi o que aconteceu no outro dia. Alguém entrou e "picou" o cartão. Ficou decerto registada a sua entrada, para constar das almas presentes no local. Acreditem, é só para isto que serve tal operação. Se não acreditam o problema é vosso. Como eu ia dizendo, quando a tal alma se dirigiu ao bufete para lanchar, não constava das almas presentes e teve de voltar à portaria e "picar" de novo o cartão.
Parece que houve algumas falhas de luz e o sistema entrou em choque.
Confesso que não sou de todo, avessa às novas tecnologias, mas alguma coisa não bate muito certo neste choque tecnológico.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

O génio


Hoje eu também me rendi ao génio. Em lugar da estação de rádio a debitar música ou informação eu resolvi ouvir Mozart, enquanto conduzia. Garanto-vos que foi benéfico, pois de outro modo eu ter-me-ia exaltado bastante quando aquela carrinha se atravessou no meu caminho sem aviso prévio.
Ouvi dois concertos para piano e orquestra e rendi-me.
Penso que é impossível ficar indiferente à música de Mozart.
Foram 35 anos vividos com uma intensidade notável.
Espero, que ao longo deste ano as oportunidades de conhecer melhor o compositor e a sua obra possam surgir.
Parabéns Mozart e obrigada.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

A borboleta

Há uns anos atrás, quando eu lia poesia durante o intervalo grande da manhã aos alunos da escola onde trabalhava, descobri este poema e fiquei presa à sua beleza e simplicidade.

De manhã bem cedo
uma borboleta
saiu do casulo
Era parda e preta.

Foi beber ao açude
Viu-se dentro da água
E se achou tão feia
Que morreu de mágoa.

Ela não sabia
- boba! que Deus deu
para cada bicho
a cor que escolheu.

Um anjo a levou
Deus ralhou com ela
mas deu roupa nova
azul e amarela.

Odylo Costa Filho

terça-feira, janeiro 24, 2006

O começo

Dou as boas vindas a mim mesma ao mundo da blogomania.
Logo que outros o queiram fazer eu aceito.
Quem me conhece sabe que gosto de escrever, por isso vou fazer deste espaço o local das minhas reflexões.
Os temas sobre os quais escreverei serão diversos, como são diversos os meus interesses.
Talvez seja agora que eu me discipline e escreva, escreva sem parar, passe a caracteres os pensamentos que povoam os meus dias.
Resta-me agora dar as boas vindas a quem ler o que escrevo e dizer que, embora eu lide muito mal com a crí­tica, estou aberta a sugestões e crí­ticas.