segunda-feira, agosto 25, 2008

quinta-feira, agosto 14, 2008

Save Miguel

Diga sim às rolhas de cortiça.
Vamos valorizar o que é nosso-
SAVE MIGUEL

domingo, agosto 03, 2008

Intervalo

Intervalo é algo que eu estou a precisar de fazer na minha vida.
Impossível ficar indiferente a esta canção. A letra não é por aí além, pelo menos para mim, mas a música, a voz, o conjunto todo... fantástico!
Esta é daquelas que mexem connosco.

domingo, julho 20, 2008

O Vento

Hoje vi este vídeo no final do programa "Eixo do Mal",na SIC Notícias e achei muito criativo.
Este, ao contrário do que eu vi, não tem legendas. Que me perdoem os menos familiarizados com a língua inglesa.
Apreciem!

segunda-feira, junho 30, 2008

"Mea Culpa"

Tenho de me penitenciar.
Errei!
Afinal na minha escola não houve 100% de sucesso, por isso o que foi dito anteriormente não corresponde à verdade.
Estou mais feliz, porque estamos um bocadinho mais perto da verdade.
Acima de tudo a verdade, por isso ela fica aqui reposta, com o meu pedido de desculpas.

sexta-feira, junho 27, 2008

Também quero alunos com sucesso (real)



Mais uma pérola!


Hoje ouvi Paulo Portas no Parlamento a questionar o Governo sobre o facilitismo dos exames nacionais e informou que a Directora Regional de Educação do Norte, figura sobejamente conhecida e que aparece inúmeras vezes na sombra da ministra (acrescento eu) deu instruções aos presidentes de Conselhos Executivos da seguinte forma:

"Os alunos têm direito a ter sucesso. Talvez fosse útil excluir dos correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações distantes da média. O que honra o trabalho dos professores é o sucesso dos alunos".


A esta senhora eu gostava de perguntar como é que ela mede o sucesso dos alunos, se é pelos falsos resultados escolares ou pela suas reais capacidades para enfrentar a vida adulta.


Esta semana um colega meu disse-me que a escola vai acabar.

Talvez seja a solução.

Partir tudo e começar do zero.


Ah, é verdade, eu também quero que os meus alunos tenham sucesso. Sinto-me muito honrada com isso.

Continuarei a incutir-lhes a ideia de que sucesso se obtém com trabalho, apesar do que possam ouvir por aí.

A foto é de uma das minhas turmas no Espectáculo de Encerramento do Ano Lectivo. Trabalharam muito para esta coreografia, quase amaldiçoaram a professora de E. M., mas no final perceberam que valeu a pena o esforço.

quinta-feira, junho 26, 2008

Viva o sucesso!

Já é oficial.
Na minha escola todos os meninos transitaram de ano.
Viva o sucesso!
E agora? Fujo ou enfrento a realidade?
Trabalho num local e com pessoas que pensam de maneira totalmente contrária à minha e eu tenho de me vergar ao poder dos mais fortes. São eles que mandam.
Se a lei é omissa, faz-se uma leitura à maneira que nos convém et voilá, todos transitam.
Ainda penso que estou a viver um pesadelo, que isto não aconteceu hoje na minha escola, mas já me belisquei e doeu. É mesmo verdade.
Não desisto das minhas convicções enquanto elas forem convicções com alicerces bem fundamentados.
Eu estou de consciência tranquila quanto ao meu trabalho, mas tenho pena dos meninos que andamos a enganar.
Mentiras não são para mim, por isso continuarei a remar contra a maré.

sexta-feira, junho 13, 2008

"Porreiro pá!"



A Irlanda votou não ao Tratado de Lisboa!


1º ponto - Estou verdadeiramente preocupada. Já o disse aqui anteriormente, mas a situação agudiza-se. Decididamente não sou de esquerda, mas neste caso, a minha posição é a da esquerda. Espero que seja apenas na forma e não na substância. Também me preocupa o facto de saber que quem votou NÃO é do Sinn Féin - conotado com o IRA, que eu nunca defendi.

2º ponto - Quase dei pulos de alegria quando soube do resultado do referendo. Não estou louca, apenas me regozijei com algumas coisas, que passo a enumerar:

1 - José Sócrates ficou desapontado (tadinho);

2 - Fez-se justiça na Irlanda, já que o prometido referendo em Portugal ficou na gaveta, por medo da democracia;

3 - Talvez fique afastada a Constituição Europeia, disfarçada de Tratado;

4 - Não há um plano B (Palavras do Presidente da Comissão).

3º ponto - Desde que me lembro de ouvir falar da Europa e da União Europeia, nunca acreditei nesta união, de facto. Até concordo que Portugal tem tido alguns benefícios com a sua entrada na UE, mas por outro lado, sentou-se à sombra do subsídio e nunca mais de lá saíu.
Sempre me pareceu uma ideia utópica, estes "Estados Unidos da Europa" no Velho Continente.
Nós não somos a América. Temos muita história, todos nós, muitos séculos que não podem ser ignorados e agora, alguns senhores iluminados, consideraram que podemos esbater diferenças e unirmo-nos todos formando um Estado Europeu.
Esquecem-se, ou parecem querer esquecer-se que os EUA foram feitos por emigrantes, gente que começava de novo e tinha uma mente completamente diferente, porque não estava na sua pátria mãe. Construíram um país de raíz, sem condicionalismos inerentes ao passado.
Aqui, na Velha Europa, não podemos esquecer a individualidade de cada país, embora dentro das nossas portas se ande a tentar trabalhar para isso (veja-se o trabalho da ASAE), a história, os costumes...
Já nos impuseram uma moeda para fazer face ao dólar e está a conseguir, mas a que preço. Baixam as exportações e pagamos tudo mais caro desde então (quero o meu escudo de volta).

4º ponto - Os países que ainda não ratificaram o Tratado, vão fazê-lo. para quê? Não sei, mas desconfio que isto não fica assim. Na falta de um Plano B receio que nos imponham o Plano A e que o Tratado avance, deixando de fora a Irlanda.
Aí o caldo entorna-se e a União Europeia afirma-se ainda mais como a ideia de alguns iluminados que querem fazer carreira política e brilhar nas altas instâncias internacionais, como um certo primeiro ministro que eu conheço.
Então, para terminar, Europa sim, sempre estivemos aqui, geograficamente falando.
União Europeia sim, mas com limites, talvez olhando para as origens da mesma. Não queiram pôr os países todos no mesmo saco, pode dar explusão da grossa (ai se a Turqui entra!).
Constituições Europeias disfarçadas de Tratados, Exércitos europeus e outras uniões, vamos lá com calma.

sábado, junho 07, 2008

A verticalidade do meu pai




Hoje o meu pai completa 78 anos.


São 78 anos íntegros, honestos, dedicados.
Com ele aprendi a gostar de ler, a gostar de música clássica, a gostar de ter opinião sobre o que me rodeia, porque me habituei a ouvi-lo ter opinião e a expressá-la.
São muitas as coisas que aprendi até agora com o meu pai e continuo a aprender, sempre.
Mas, acima de tudo, a melhor aprendizagem que fiz com ele, foi a dos valores.
Todos os valores que ele me tem transmitido, desde que nasci, valem muito mais do que aquelas prendas que não recebi quando era criança, porque não havia dinheiro.
Para definir o seu carácter, eu uso a palavra verticalidade.
Parabéns pai e obrigada por tudo o que me tens ensinado e transmitido com as tuas acções.

quarta-feira, maio 14, 2008

Conquistada pela Chanel

Quem me conhece sabe que não sou muito fã de animais.
Gosto de os ver longe de mim e tocar-lhes não faz parte dos meus prazeres.
No entanto, um destes dias surpreendi-me a fazer muitas festas ao exemplar maior que se vê na foto.
É uma cadela, que eu conheci quando ainda era bebé, fui vendo ocasionalmente e agora voltei a encontrar.
Apesar do seu tamanho é muito dócil e por isso afeiçoei-me a ela naquele dia, permitindo-me afagá-la.
Senti que apesar da minha repulsa ao toque em animais, ainda há excepções.
Esta chama-se Chanel.

domingo, maio 11, 2008

É bom ter amigos

Um brinde aos amigos.
Curiosamente, todos brasileiros.

sábado, maio 10, 2008

Quanto custa ao país a não retenção de um aluno?

Recentemente, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, manifestou o seu desagrado em relação ao elevado número de retenções que se verifica no país. Alguns dias mais tarde, talvez com o objectivo de mobilizar o povo português para esta terrível realidade, referiu que cada aluno custa ao Estado 3 mil euros por ano e que, em caso de uma retenção, seriam 6 mil euros e duas retenções 9 mil euros, etc.
Ora, o povo, todos nós, em tempo de grave crise económica, somos levados a pensar que a senhora ministra até tem razão. Vamos lá acabar com as retenções e poupar alguns milhões ao Estado.
Aqui surge a questão. Estaremos mesmo a poupar dinheiro ao Estado acabando com as retenções?
Este assunto parece-me ser um cobertor demasiado curto, que tapa a cabeça, mas logo descobre os pés, levando à inevitável constipação, nem que seja uns anos mais tarde.
É evidente que nem todos os alunos beneficiam com uma retenção. Alguns ficam ainda mais desmotivados e outros até abandonam a escola. No entanto, em muitos casos, a retenção tem efeitos benéficos. Por vezes o aluno fica mais responsável, ganha maturidade e consegue realmente aprender o que não tinha conseguido no ano anterior. Não é correcto generalizar e dizer que os alunos retidos não aprendem mais por repetir o ano.
Quando refiro os custos para o país de uma não retenção, penso no futuro. Se enveredarmos pela não retenção durante a escolaridade obrigatória, teremos ainda mais alunos com o diploma, mas sem os conhecimentos e quem perde é o país, logo, todos nós.
Permitirmos aos alunos a transição de ano de escolaridade, de forma automática, quer tenham adquirido ou não as competências, quer se tenham empenhado ou não, é estarmos a dizer às nossas crianças e jovens que a vida é fácil, não implica esforço e que vão sempre atingir os seus objectivos independentemente do empenho que tiverem.
Sabemos que a vida não é assim e que quando estes jovens ingressarem no mercado de trabalho a situação vai ser precisamente o contrário, ou seja, se têm competência e são empenhados, progridem na carreira, não têm competência e não se esforçam, podem ser dispensados.
Que mau exemplo de educação e preparação para o futuro estamos a dar se formos por esse caminho.
Não devemos temer os traumas de uma retenção. A vida pode ser muito mais traumática e é bom estar preparado para a viver, desde cedo.
Temo que os custos sejam bem maiores se se mantiver ou alterar o estado das coisas no sentido da progressão automática durante a escolaridade obrigatória. Temo por uma geração mal preparada, não só intelectualmente, mas emocionalmente, que não vai saber lidar com as frustrações e que talvez um dia, a médio prazo, nos venha pedir contas por não lhe termos mostrado que o sucesso, seja em que área de trabalho for, se alcança com esforço.
Espero que os milhões que se possam eventualmente poupar com a não retenção de muitos alunos não venham a ser gastos, com muitos juros, quando verificarmos, finalmente, que devemos trabalhar para ter um povo culto e bem preparado.

quarta-feira, maio 07, 2008

Que ganhe Manuela Ferreira Leite



Estou farta de gente fraca, pouco séria e incompetente.
Não voto, porque não sou militante, mas desejo que a Dra. Manuela Ferreira Leite ganhe as eleições para a presidência do PSD.
Gosto da imagem de competência, de seriedade.
Na entrevista à RTP assumiu as suas dúvidas, não foi demagógica.
O país precisa de alguém que está na política, não para fazer carreira, mas para servir o país.
Aos 67 anos, penso que as suas ambições políticas não devem ser muito grandes.
Vou estar atenta às suas opiniões e, decerto, não concordarei com todas, mas espero que ela vença agora e ganhe a confiança dos portugueses para próximo ano.

terça-feira, abril 15, 2008

Aconteceu hoje

Isto sim é notícia!
Hoje, durante uma aula de Matemática, enquanto explicava algo a um aluno fui abordada por outra aluna que me pediu que fosse com urgência junto da colega de mesa.
Pensei que se tratava de uma indisposição, algo grave.
Ao chegar junto da aluna, ela retirou parte do telemóvel do bolso e, muito aflita, disse-me que a mãe lhe estava a ligar insistentemente. Ela rejeitava as chamadas, mas a mãe continuava.
Trata-se de uma aluna com comportamento exemplar e estava realmente aflita.
Pensei que poderia ser algo urgente e autorizei-a a ir para fora da sala atender a mãe, enquanto pensava para comigo que estes pais são mesmo incríveis ao ligarem para os filhos à hora das aulas.
A aluna voltou com um tubo de pomada que a mãe lhe viera entregar, para uma infecção labial.
A história morria ali.
No final da ula, depois dos alunos saírem e enquanto escrevia o sumário no Livro de Ponto, entrou uma funcionária na sala que me informou que estava lá fora uma mãe a chorar, para falar comigo.
Fiquei boquiaberta e tive de ir ver este verdadeiro fenómeno, de imediato.
Era, claro está, a mãe da referida aluna. A chorar, nervosíssima.
Desfez-se em pedidos de desculpa. Dizia ela:
"Logo agora que se fala tanto disto".
Referiu que se tinha enganado ao ver o horário. Viu segunda-feira e não terça e por isso pensou que a filha estava em hora de almoço.
Acalmei a senhora. Desculpei-a. Disse-lhe que há casos e casos e que a filha tinha sido muito discreta, não incomodando em nada os restantes colegas.
Lá foi, a chorar, envergonhada.
E eu não pude deixar de passar isto para aqui, porque ainda há pais a sério e eu vivi isso hoje.

segunda-feira, março 17, 2008

Encontros de fim de tarde


Depois de um dia cansativo, com dor de cabeça e um mal estar generalizado, foi bom encontrar uma colega dos tempos do 3º ciclo.
É sempre bom encontrar essa colega. A Antónia é simpática e dávamo-nos bem quando éramos colegas.
Lembro-me dela me incentivar a voltar a estudar depois do 12º ano, dizendo-me que a PGA era mesmo à minha medida e uma boa forma de ingresar no ensino superior. Não se enganou e hoje lembrei-lhe esse episódio.
Mas, a melhor parte do encontro de hoje com a Antónia, foi o elogio que ela me fez. Ela fez-me sentir bem e elevou a minha auto estima, que não tem andado lá grande coisa.
Dizerem-nos que não mudámos nada (fisicamente) e que estamos muito bem, quando já ultrapassámos os 40 é muito agradável de ouvir.
Acho que voltei para casa um pouquito inchada, mas isto passa, ou antes, já passou, porque a malvada dor de cabeça vai manifestando a sua presença de vez em quando.

domingo, março 09, 2008

Qual a semelhança entre a escola e o mar?

Hoje, ao "passar" pela TV Record, ouvi uma menina que perguntava qual a semelhança entre a escola e o mar.
Resposta:
Na escola, os professores navegam, os alunos boiam e as notas afundam.

segunda-feira, março 03, 2008

Será normal esta situação?

Sempre embirrei, a palavra certa é mesmo esta, embirrei, com o presidente da CONFAP.
Ouvi-lo causa-me aquela sensação no estômago, que surge quando não posso refutar o que ouço.
O senhor, que parece que já foi professor, tem uma má vontade contra os profesores que ainda não compreendi porque é que ele ainda defende a existência da escola pública.
Parece que não entende que os professores são essenciais para o funcionamento da escola e que se ela funciona mal, em muitos aspectos, isso deve-se a uma demissão de responsabilidades por parte dos pais.
Façam eles o trabalho de educadores, que nós faremos o de formadores.
Bom, mas vamos ao que interessa.
O senhor que me irrita, mais a sua confederação receberam uma quantia choruda do ME.
Não admira portanto que ele defenda a ministra e ataque tanto os professores.


sábado, março 01, 2008

Estarei a virar à esquerda?

Com toda a agitação sobre a Avaliação de Professores, estou muito atenta a tudo o que se diz e escreve sobre o assunto.
Gosto de ouvir os debates parlamentares e curiosamente gosto de ouvir a opinião da esquerda, que soa como música para os meus ouvidos.
Estou assustada!
Eu sempre fui social democrata, não militante, nem cega e a esquerda sempre me irritou.
Agora ouço deliciada o Francisco Louçã a defender os professores e acima de tudo gosto dos argumentos que ele usa.
Estranhos tempos estes em que eu concordo com a esquerda e me revejo nas suas intervenções.
De qualquer modo, deixo aqui bem claro que não virei a casaca.
É quase como ser do Benfica. Ele pode não andar lá muito bem, mas ainda é o Benfica.
Amanhã, espero colocar aqui a minha opinião sobre o aumento do sucesso escolar.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Música para os meus ouvidos e não só

A paixão por musicais já vem de longe.
Não sei de onde vem, nem como surgiu, mas mexe com as minhas entranhas.
Ontem, antes de ir para o jantar de professores tinha estado a ouvir um tema do "Fantasma da Ópera", um dos meus favoritos nos musicais.
A melhor sobremesa do jantar foi mesmo poder ouvir vários temas, ao vivo, do referido musical.
Hoje, para celebrar, coloco pela primeira vez música no meu blogue.

domingo, fevereiro 10, 2008

Estes não são da minha famlia


Em Nova Iorque, o FBI deteve mais de setenta alegados membros ligados a uma das mais importantes famílias mafiosas, a família Gambino. Ao mesmo tempo na Sicília eram detidos mais dezanove suspeitos. Tudo resultado de uma investigação conjunta das autoridades italianas e norte-americanas contra o crime organizado que durava há três anos.
Nome de código da operação era «Old Bridge». A velha ponte da máfia entre a Sicília e a América acaba de sofrer uma derrocada. Uma das mais importantes famílias, a família Gambino, acaba de ser desmantelada. Em Nova Iorque o FBI deteve 77 membros suspeitos ligados ao crime organizado. A família Gambino é uma das cinco famílias da «Cosa Nostra» em Nova Iorque e é geralmente reconhecida como uma das duas mais poderosas famílias do crime nos Estados Unidos. A lista dos crimes é longa, mas em terras norte-americanas em vez da prática de extorsão a máfia italiana dedica-se principalmente ao tráfico de droga, aliado ao crime violento como homicídio, tentativa de homicídio e de violação, conspiração de homicídio, roubo, entre outros.
A detenção em massa culmina o trabalho conjunto das polícias italiana e norte-americana. Durante três anos os suspeitos foram seguidos, fotografados, filmados, até à identificação das vastas actividades no mundo do crime organizado. Já no berço da família Gambini, na Sicília, a machadada resultou em dezanove detenções.



terça-feira, fevereiro 05, 2008

Os conselhos de Bill Gates

Chegou-me por mail, de uma colega, o seguinte texto, que achei óptimo, tendo em conta o que escrevi anteriormente.
Apesar de ser um pouco longo, vou deixá-lo aqui, pois retrata o modo como eu penso e vai ao encontro das minhas preocupações com a escola de hoje.
Veio da força à minha opinião.

Eis os conselhos que Bill Gates deu numa conferência que proferiu há pouco tempo numa escola secundária.

São 11 regras que os alunos não aprendem na escola.

Começou por dizer que a "política educativa de ‘vida fácil’ para as crianças" tem criado uma geração que não sabe o que é a realidade, e que esta atitude tem feito com que as pessoas falhem na vida, depois de sairem da escola.

Muito conciso (todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais),falou menos de 5 minutos,foi aplaudido durante mais de 10, depois agradeceu e deixou o local no seu helicóptero a jacto...


Regra Nº 1

A vida não é fácil. Acostuma-te a isso.



Regra Nº 2

O mundo não se preocupa com a tua auto-estima.

O mundo espera que faças alguma coisa útil por ele, ANTES de te sentires bem contigo próprio.


Regra Nº 3

Não ganharás € 6.000 por mês, mal saias da escola

Não serás vice-presidente de uma empresa, com carro e telefone ao teu dispor, sem antes teres conseguido comprar os teus próprios carro e telefone.


Regra Nº 4

Se achas que o teu professor é exigente e rude, espera até teres um Chefe. Este, não terá pena de ti !...


Regra Nº 5

Vender jornais velhos ou trabalhar durante as férias, não te diminui socialmente.

Os teus avós, têm outra palavra para isso: chamam-lhe oportunidades...


Regra Nº 6

Se fracassares, não é por culpa dos teus pais.

Por isso, não lamentes os teus erros, mas sim aprende com eles.


Regra Nº 7

Antes de nasceres, os teus pais não eram tão críticos como o são hoje. Só ficaram assim por terem de pagar as tuas contas, lavar as tuas roupas e ainda por cima, ouvir-te dizer que são “ridículos".

Por isso, antes de “salvares o planeta” para a próxima geração, ao quereres corrigir osos erros da geração dos teus pais, tenta é limpar o teu próprio quarto!...


Regra Nº 8

A tua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Nalgumas escolas, já nem repetes o ano e dão-te todas as oportunidades que forem precisas para acertares. Bom, isto não se parece em NADA com a vida real...

Nela, se pisares o risco, estás despedido. RUA !!!

Por isso, faz tudo como deve ser logo à primeira.


Regra Nº 9

A vida não se divide em semestres.

Não terás sempre os verões livres e é pouco provável que os outros empregados te ajudem a fazer as tuas tarefas no fim de cada período.


Regra Nº 10

A televisão NÃO É a vida real.

Na vida real, as pessoas têm que deixar de ir ao bar ou à discoteca, e irem trabalhar.


Regra Nº 11

Sê simpático com os CDFs (aqueles estudantes que os outros julgam que são uns patetas).

Há uma grande probabilidade de vires a trabalhar PARA um deles...


Bill Gates.

É o dono da maior fortuna pessoal do mundo e da Microsoft, a única empresa que enfrentou e venceu a IBM desde a sua fundação, em meados do séc. XX, que foi a empresa que construiu o primeiro Cérebro Electrónico (computador)do mundo.

sábado, fevereiro 02, 2008

Declaração (sem máscara)



Eu recuso-me terminantemente a colaborar na mentira.

Este é o meu 12º ano como professora, o 8º no ensino regular (diurno).

Considero, como sempre considerei, que os alunos devem ser avaliados pelo que sabem e que os níveis atribuídos no final de período e de ano lectivo devem corresponder aos objectivos atingidos.

Tenho vindo a assistir, ou antes, todos temos vindo a assistir, a uma política de facilitismo, em que cada vez se exige menos e se fazem testes para que os alunos tirem positiva.

Alguns professores afirmam, sem qualquer problema, que não dão negativas.

Eu dou, quando é necessário, ou seja, quando vejo que os alunos não se esforçam minimamente e que os seus resultados não se devem a falta de capacidades, mas a falta de trabalho.

Costumo dizer aos meus alunos, em jeito de ilustração, que os atletas não alcançam os bons resultados sem esforço.

Ainda ontem referi numa turma, a propósito de um teste mais difícil que fiz, que o Nelson Évora não teria alcançado as marcas que tem se se limitasse a treinar para menos.

Estamos a transmitir às nossas crianças e aos nossos jovens a ideia que não vale a pena esforçarem-se, porque o resultado está garantido.

Esse não é o meu modo de estar na vida!

Eu defendo que o esforço deve ser recompensado e que a falta dele deve ter o resultado merecido.

Também defendo que não devemos baixar cada vez mais o nível de exigência. Estamos a criar uma geração de jovens mal preparados, porque lhes dizemos que não é preciso muito para ter positiva no final do período e transitar de ano. Não o fazemos por palavras, mas com as nossas acções.

Eu não quero participar nesta mentira. Quero fazer o melhor para preparar os meus alunos, esforçar-me para que eles percebam as matérias, mas eles também têm de fazer a sua parte.

Não é fácil. Agora que vai começar a avaliação de professores e que os resultados dos nossos alunos servirão para nos avaliar, já tenho mais colegas a dizer que vão dar positiva a todos.

Viva a estatística! Sucesso garantido!

Enquanto me restar a dignidade, declaro mais uma vez, que não vou por aí.

Não participarei nessa mentira!

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Estou com dúvidas


Não sou americana, portanto, não vou votar para as eleições presidencais, mas estou a acompanhar com entusiasmo as primárias.

Sempre simpatizei com o Partido Democrático, o que parece um contrasenso, uma vez que em Portugal, sou claramente de direita. Não há uma explicação lógica. Teve a ver com os candidatos e presidentes que foram surgindo. Sempre gostei mais dos democratas.

Desta vez não é excepção.

Hillary ou Obama? Pois não sei.

Tenho esperança que um ou outro ganhe, para já as primárias e depois a eleição em Novembro.

Em qualquer dos casos será notável, uma mulher ou um afroamericano na presidência.
Afinal, esta é uma eleição que nos deve interessar a todos. De certa forma todos devíamos votar, tal o poderio que os EUA exercem no mundo.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Os Corvos


Hoje de manhã, quando me deslocava para o trabalho, ao desfazer uma curva, deparei-me com 3 corvos que levantavam voo da estrada.

Foi uma boa visão matinal. A natureza livre ali tão perto.

Tive a tentação de os seguir com o olhar no seu voo em direcção à Serra dos Candeeiros, mas o ziguezague da estrada chamou-me à realidade e lá segui o meu caminho.

sábado, janeiro 05, 2008

Feliz 2008

Com alguns dias de atraso, venho aqui desejar um Feliz 2008 a todos os que passarem por cá.
Já não caio nessa de fazer promessas no início de um novo ano, porque já ando por aqui há algum tempo e já deixei muitas para trás.
Desejo apenas dedicar mais tempo à escrita.