sábado, janeiro 28, 2006

O choque do "choque tecnológico"

Ainda não recuperei do choque. Agora no meu local de trabalho temos uns cartões com a nossa fotografia, desfocada, que servem para comprar comida no bufete, comprar senhas de almoço e, aí está o meu choque, dar entrada e saída da escola.
O argumento para a utilização do cartão como "picar de ponto" é que em caso de catástrofe é possível saber quantas almas estão no local.
Que eu saiba os computadores ainda não têm caixa negra e por isso, será muito improvável que no caso de grande catástrofe, eles sobrevivam para contar a história.
Um outro caso de choque é quando o sistema falha. Voltamos ao papel e lápis e aí recuamos no tempo muitos anos atrás. Nínguém paga, porque não se usa dinheiro nas transações, mas sempre e só o cartão. Regista-se a identidade e o que se adquiriu e mais tarde há-de ser descontado no saldo do cartão. O grande problema é procurar na grande lista de papel o nome do dono do cartão. Muito tempo e paciência gastos.
Mas, o maior de todos os choques foi o que aconteceu no outro dia. Alguém entrou e "picou" o cartão. Ficou decerto registada a sua entrada, para constar das almas presentes no local. Acreditem, é só para isto que serve tal operação. Se não acreditam o problema é vosso. Como eu ia dizendo, quando a tal alma se dirigiu ao bufete para lanchar, não constava das almas presentes e teve de voltar à portaria e "picar" de novo o cartão.
Parece que houve algumas falhas de luz e o sistema entrou em choque.
Confesso que não sou de todo, avessa às novas tecnologias, mas alguma coisa não bate muito certo neste choque tecnológico.

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