Há uns anos atrás, quando eu lia poesia durante o intervalo grande da manhã aos alunos da escola onde trabalhava, descobri este poema e fiquei presa à sua beleza e simplicidade.
De manhã bem cedo
uma borboleta
saiu do casulo
Era parda e preta.
Foi beber ao açude
Viu-se dentro da água
E se achou tão feia
Que morreu de mágoa.
Ela não sabia
- boba! que Deus deu
para cada bicho
a cor que escolheu.
Um anjo a levou
Deus ralhou com ela
mas deu roupa nova
azul e amarela.
Odylo Costa Filho
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2 comentários:
Para os que me conhecem muito bem acreditem, se quiserem, o facto do poema ser de autor brasileiro é mera coincidência.
:)
Esse poema é bem bonito. É muito divertido imaginar Deus a "ralhar" com ela e a mandá-la de volta ao verde.
Os brasileiros compreendem muito bem essa coisa de começar de novo. :)
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