quinta-feira, janeiro 26, 2006

A borboleta

Há uns anos atrás, quando eu lia poesia durante o intervalo grande da manhã aos alunos da escola onde trabalhava, descobri este poema e fiquei presa à sua beleza e simplicidade.

De manhã bem cedo
uma borboleta
saiu do casulo
Era parda e preta.

Foi beber ao açude
Viu-se dentro da água
E se achou tão feia
Que morreu de mágoa.

Ela não sabia
- boba! que Deus deu
para cada bicho
a cor que escolheu.

Um anjo a levou
Deus ralhou com ela
mas deu roupa nova
azul e amarela.

Odylo Costa Filho

2 comentários:

Gambino disse...

Para os que me conhecem muito bem acreditem, se quiserem, o facto do poema ser de autor brasileiro é mera coincidência.

Elsa disse...

:)
Esse poema é bem bonito. É muito divertido imaginar Deus a "ralhar" com ela e a mandá-la de volta ao verde.
Os brasileiros compreendem muito bem essa coisa de começar de novo. :)